domingo, 29 de maio de 2011

Prevenção de drogas na Escola


Tabaco, álcool e drogas são problemas que podem surgir, em qualquer momento, em qualquer escola do nosso país.

A escola é um local privilegiado para uma intervenção preventiva. Em Portugal, com o significativo aumento das taxas de escolarização nos últimos trinta anos, podemos afirmar que quase todos os jovens passam pelo menos alguns anos num estabelecimento de ensino.

Existe sem dúvida, a necessidade de serem informados sobre os riscos do eventual consumo destas substâncias.

Em termos de Educação para a Saúde, relativamente ao tabaco, o objectivo só pode ser o de uma Escola sem fumo. Durante muito tempo o que se passava, frequentemente, nas escolas era a "convivência" entre cartazes a criticar e proibir o uso de tabaco pelos adolescentes e pequenas salas reservadas ao consumo de professores. Este não era certamente o caminho certo!

Um em cada dois fumadores, que inicie o consumo na adolescência e fume ao longo da vida, morre por uma doença provocada pelo tabaco (OMS).

Muitas pessoas têm uma atitude de excessiva tolerância em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, argumentando que os abusos devem ser enquadrados em fenómenos de grupo, ou considerados meros acontecimentos ocasionais, característicos do processo de desenvolvimento da adolescência. Numa sociedade que liga o festejo e o convívio ao uso de bebidas alcoólicas, torna-se por vezes difícil demonstrar os riscos do seu consumo, ou advertir para as consequências da sua utilização. No entanto, e mais uma vez, a escola deve disponibilizar informação actualizada e manifestar uma atitude de ajuda face aos alunos que manifestem comportamentos desajustados relacionados com a ingestão alcoólica.

Relativamente às drogas, actualmente, a substância mais utilizada é o haxixe, obtido a partir da Cannabis. É fundamental que professores, alunos e pais tenham informações correctas sobre a utilização do haxixe. No entanto, também não se deve cair em atitudes alarmistas. Estudos realizados demonstram que o consumo não está tão generalizado como muitos adolescentes argumentam, nem é correcto afirmar-se que quem experimenta vai passar para outras drogas mais perigosas e tornar-se toxicodependente.

A abordagem do consumo de haxixe pelos adolescentes deve partir das motivações que levam à sua utilização. A substância funciona como um facilitador social, porque provoca uma sensação de relaxamento e desinibição, um certo aumento da acuidade visual e auditiva, alguma pressão para o riso e conversa fácil, agradáveis no relacionamento interpessoal entre jovens. Torna-se fundamental, contudo, esclarecer que a continuidade do seu uso se relaciona com:

Ø a diminuição da concentração e da capacidade de memorizar;

Ø a perda de reflexos;

Ø o menor rendimento escolar;

Ø piores desempenhos a nível desportivo.

A Escola, espaço de relação e de aprendizagem, onde a maioria das crianças e jovens passam uma boa parte do seu tempo, possibilita aprendizagens, formais e informais, relevantes nesta temática. Será importante a consulta do documento publicado pelo Ministério da Educação com orientações que poderão servir de base à abordagem destes temas.

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